[29/8 - www.mococa24horas.com.br] O uso do narguilé, um
cachimbo de origem oriental, no Brasil vem avançando especialmente entre os
jovens e chamando a atenção dos profissionais de saúde. Pesquisa sobre
tabagismo realizada pelo IBGE, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer,
o Inca, revelou que no país existem mais de 300 mil consumidores.
O pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca,
Ricardo Henrique Meirelles, alerta que uma sessão de narguilé expõe o fumante à
inalação de fumaça por um período muito maior do que quando ele fuma um
cigarro. O volume de tragadas do narguilé pode chegar a 1.000 ml em uma sessão
de uma hora. Já o volume de tragadas do cigarro alcança 30 a 50 ml entre cinco a sete
minutos, “Uma simples sessão de narguilé consiste em uma centena de ciclos de
tragada. Podemos afirmar que em uma sessão, o fumante inala uma quantidade de
fumaça equivalente ao consumo de 100 cigarros ou mais”. “Quando se aspira pelo
tubo, o ar aquecido pelo carvão passa pelo tabaco, produzindo a fumaça que
desce, passa pela água, onde é resfriada, e segue pelo tubo até ser aspirada
pelo fumante e expirada em seguida”, explica o médico.
De acordo com nota à imprensa do Inca, "O narguilé é um
grande cachimbo composto de um fornilho (onde o fumo é queimado), um recipiente
com água perfumada (que o fumo atravessa antes de chegar à boca) e um tubo, por
onde a fumaça é aspirada pelas várias pessoas que compartilham uma
sessão".
Risco potencial de câncer - Como qualquer outro produto
derivado do tabaco, o narguilé contém nicotina e as mesmas 4.700 substâncias
tóxicas do cigarro convencional. Porém, análises comprovam que sua fumaça
contém quantidades superiores de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados
e substâncias cancerígenas do que na fumaça do cigarro. Além do tabaco é colocado carvão em brasa. A
queima do carvão produz substâncias cancerígenas, entre elas, o monóxido de
carbono, potencializando os riscos para seus consumidores. O narguilé contém
aditivos aromáticos, em geral, muito agradáveis, que acabam levando jovens a
participar de sessões de fumo desse produto, levando-os a se tornarem
dependentes de nicotina, e futuros consumidores de cigarros.
Narguilé presente em Mococa - De acordo com as informações
da pesquisa Vigilância de Tabagismo em Escolares, do Ministério da Saúde, a
prevalência do consumo do narguilé, em São Paulo/SP, se destaca: 93,3% dos
entrevistados que consomem outros produtos do tabaco fumado, além do cigarro
industrializado, declararam usar o narguilé com maior frequência. Em Campo
Grande/MS, 87,3% dos estudantes entrevistados disseram preferir o cachimbo
oriental. Já em Vitória/ES, o porcentual ficou em 66,6%.
Em Mococa, a reportagem do mococa24horas já presenciou
adolescentes consumindo o narguilé em praças do Jd. São Domingos. O cachimbo também é
utilizado em alguns bares e baladas da cidade, que o disponibilizam aos
clientes. (Foto: reprodução)
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