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Mostra com fotos de Lauro D'Angelo será aberta nesta quinta na Rogério Cardoso

Trem partindo da Mogiana pelas lentes de Lauro D'Angelo
[6/11 - www.mococa24horas.com.br] A Casa de Cultura "Rogério Cardoso" abre nesta quinta-feira, 8, às 20h00, a Exposição "Revisitando Eterno Eterno", que faz uma homenagem ao fotógrafo e jornalista Lauro D'Angelo, que viveu mais de 20 anos em Mococa. A abertura da exposição será marcada por uma apresentação musical da centenária "Filarmônica Mocoquense" que tão bem o fotógrafo registrou em suas lentes.
A coleção de 1.380 negativos do fotógrafo Lauro D'Angelo será transferida para o acervo do Museu Histórico e Pedagógico "Marquês de Três Rios" de Mococa, conforme a professora Eliana Galvani explica ao mococa24horas, "a coleção de negativos do fotógrafo (cerca de 1.380) , hoje de propriedade de Matiza Rigobello, foi tratada, acondicionada e digitalizada pelo Centro de Memória e Documentação da Mogiana (Fazenda Santa Cecília - Cajuru/SP) será transferida para o acervo do Museu Histórico e Pedagógico "Marquês de Três Rios", lotado temporariamente na Casa de Cultura Rogério Cardoso". Segundo a professora Eliana, a exposição é imperdível, "O público certamente irá se surpreender com as imagens e com as histórias a serem reveladas pelas lentes de Lauro D'Angelo".
A exposição é composta por dezenas de imagens que registram e perpetuam acontecimentos históricos da Mococa das décadas de 1950 e 1960, com fotos do Radium F.C., da Filarmônica Mocoquense, da Igreja Matriz, da A.E.M., da Estação Ferroviária (foto), entre outras.
Sobre Lauro D"Angelo - O intelectual e Prof. Dr. Sílvio Medeiros, do IPEP/MBA, de Campinas, que em 2000 realizou a "Exposição Lauro D'Angelo", na cidade, disse sobre o trabalho do fotógrafo e jornalista:
"Já foi dito que todo jornalista é um dramaturgo. Pois bem, o fotógrafo e jornalista Lauro D’Angelo pega a vida e faz dela uma peça de teatro. Amigos (as), namorados (as), pais, mães, tios (as) ... fisionomias de pessoas figuram numa cidade em movimento, em álbuns de retratos. Mediante o ato fotográfico de Lauro D’Angelo, que vai além de um registro histórico do momento, o teatro entra na vida das pessoas, dos cidadãos, como alusão à seguinte afirmação de um herói shakespeariano:“O mundo é um teatro e todos os homens e mulheres não passam de atores”. Ao referir-me ao artista da fotografia Lauro D’Angelo, pergunto: como pode a conduta de uma vida inteira ser regulada pela estética? Então, sigo o fascinante percurso da criação artística do fotógrafo, do recôndito e privado até o tumulto de uma foto com dezenas de pessoas. Sob o click e o flash deste escultor de luzes e sombras, com a câmera em ação, as fantasias começam a obedecer a ordem do visível e a tecer uma trama de encantamentos, de sentimentos e a encarnarem-se, por meio da magia da fotografia, em uma história que passa, tanto em âmbito particular como coletivo, a ser nossa. Com efeito, é surpreendente as imagens que se contempla nas fotos e na totalidade da bela produção iconográfica de Lauro D´Angelo".
No destaque, Lauro D'Angelo fotografado
 Medeiros salienta, "Na qualidade de historiador, posso afirmar, seguramente, que o patrimônio deixado por Lauro D´Angelo, registrando milhares de imagens da cidade de Mococa, em cena aberta, é tão admirável que não se encontraria grandes dificuldades caso se queira inscrever a cidade no mapa do roteiro de pesquisas desenvolvidas em qualquer centro universitário de reconhecida reputação em produção científica. Espalhando a febre da fotografia pela Mococa das décadas de 50 e 60, é surpreendente a capacidade do fotógrafo Lauro D´Angelo em extrair da realidade e transportar para as imagens das fotos, os instantâneos da história local, cuja magia reside em fazer com que cada fragmento se destaque de um conjunto contínuo, ou melhor, do excesso de história, da “maré da história”. É que, na verdade, Lauro D´Angelo não pega toda vida; o que ele retém dela, nas fotos, a exemplo de renomados diretores teatrais, se encontra liberto de encadeamentos históricos pragmáticos e enganadores, que nos fazem crer na idéia de progresso da história".
A Exposição "Revisitando Eterno Eterno" é uma realização do Departamento de Cultura e Turismo da Prefeitura de Mococa, Casa de Cultura "Rogério Cardoso" e do Centro de Documentação e Memória da Mogiana (sediado na Fazenda Santa Cecília, em Cajuru/SP), órgão ligado à USP.
Serviço - A Casa de Cultura "Rogério Cardoso" fica na R. Muniz Barreto, 54, Centro. Horário de funcionamento: segunda-feira, das 13h30 às 17h00; terça a sexta-feira, das 8h00 às 17h00. (Fotos: Lauro D'Angelo/divulgação)
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