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Poda irregular de árvores em Mococa

[17/3 – mococa24horas] O portal G1 São Carlos e Região acaba de informar que moradores e o Grupo Ecológico “Olho d’Água” estão reclamando de poda irregular de árvores em Mococa:
Moradores e representantes de uma ONG ambiental reclamam da poda drástica feita pela concessionária de energia que administra Mococa, no interior de São Paulo. Segundo eles, algumas árvores centenárias foram cortadas.
Uma figueira cortada recentemente vai dar espaço para uma casa. Defensores do meio ambiente tentaram um acordo com a prefeitura da cidade e o dono do terreno. “Pedimos para a prefeitura doar outro terreno pro dono e construísse uma praça no local. O dono já havia aceitado, mas a prefeitura não quis”, disse Reginaldo Alves Monteiro, gestor ambiental da ONG Olho d’Água.
A cerca de 500 metros da figueira, outra árvore de espécie rara foi arrancada da calçada. A açoita-cavalo foi retirada do caminho por causa da lei da acessibilidade, que exige um metro e meio de calçada livre.
O conselheiro da ONG, Benedito Martins Filho, deu outra solução ao problema. “Poderia ser usada a criatividade. Para cercar o terreno, poderia ser feito um pequeno afastamento do terreno. Não perde nada. Muito pelo contrário, ganha em arborização, em jardinagem, meio ambiente e conforto”, disse.
No bairro São Domingos, o mau exemplo veio da concessionária de energia elétrica CPFL. O que era pra ser uma poda simples para deixar a fiação livre, devastou a árvore. E o que mais irritou Alan Roberto Brandão, morador do bairro, foi a explicação do funcionário responsável pela poda. “Ele me disse que era pra facilitar o serviço deles, para não precisar voltar tão logo para podar novamente”.
A ONG Olho D’água, a Prefeitura de Mococa e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) já se reuniram pra discutir as podas drásticas, mas o gestor ambiental da ONG disse que o acordo não foi cumprido.
Já o coordenador de Meio Ambiente da Prefeitura, Jabar Jauhar, disse que encaminhou os pedidos ao Departamento de Obras e Serviços, mas não sabe porque não foi atendido. “Vamos encaminhar uma denúncia para a Polícia Ambiental, promotoria e para o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema). O recolhimento de galho feito ou não pela Prefeitura não justifica fazer a poda drástica”.
Outro lado – Em nota, a CPFL de Mococa informou que só poda árvores quando elas trazem riscos à rede elétrica, como rompimento da fiação e curtos-circuitos provocados pelo contato com os galhos. Apesar da poda drástica feita por um funcionário, a concessionária diz que os engenheiros, técnicos e eletricistas, terceirizados ou não, recebem informações teóricas e práticas sobre como realizar os cortes. (Foto: reprodução/ EPTV)

 

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