Falta profissionais especializados em esportes paralímpicos no Brasil (Foto: Oscar Herculano/EPTV/divulgação) |
(19/7/2013 - www.mococa24horas.com.br) O portal de notícias
esportivas globoesporte.com, ligado às Organizações Globo, está informando a realização em Mococa do primeiro curso de capacitação paralímpico do
Estado de São Paulo e que é destinado a professores e profissionais da área de
educação física. Realizado pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, o objetivo é
aumentar o número de atletas de alto rendimento na modalidade, uma vez que, em
2016, o Brasil sediará os Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro. Está
informando também sobre a dificuldade que os atletas paralímpicos enfrentam
pela falta de profissionais especializados na hora da preparação e cita o caso
do atleta mocoquense Marcus Vinícius Sukadolnik:
"A cidade de Mococa recebe nesta semana o primeiro
curso de capacitação do Comitê Paralímpico Brasileiro no estado de São Paulo. A
intenção da CPB é preparar professores da área de educação física, visando
aumentar o número de atletas de alto rendimento na modalidade. Segundo o
coordenador do Comitê, Alberto Martins da Costa, faltam profissionais para
atuar nesta área.
- Temos uma falta muito grande de profissionais. A ideia é
percorrer o país fazendo essas clínicas. É uma forma de motivar o poder público
municipal e estadual, além dos professores, a desenvolver os esportes
paralímpicos na cidade e região – explicou Costa.
Um dos fatores detectados pela CPB, que começa a se preparar
para receber os Jogos Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, é que por mais
que existam atletas em potencial no Brasil, faltam profissionais capacitados
para transformá-los em futuros campeões.
Marcus Vinícius quer jogar basquete (Foto: Oscar Herculano/EPTV/divulgação) |
O caso se reflete em Mococa mesmo. Marcus Vinícius
Sukadolnik, de 17 anos, é cadeirante e um apaixonado por basquete. Treinou com
crianças sem deficiências até os 12 anos, nas escolinhas feitas no clube local.
Agora, sem um trabalho específico, busca equipes de cadeirantes em outras
cidades.
- Para treino, como não tenho time, é razoável jogar
sozinho, mas ter uma equipe seria muito melhor. Mas aqui na minha cidade, por
não ser grande, não tem uma equipe adaptada. Somente eu jogo. Fui em Ribeirão
mas não encontrei. Sei que tem em São Paulo, mas fica longe. Estou a procura
aqui na região. Quero ser jogador de basquete e jogar profissionalmente –
projeta Sukadolnik.
Para o adolescente, a maior dificuldade para atingir o seu
sonho é um ensino especializado. O aumento de profissionais pode ajudar, mas
ele ainda espera um apoio e divulgação maior para encontrar uma equipe.
- Falta apoio sim, ainda mais nas cidades pequenas. É bem
difícil encontrar um time ou gente instruída para ajudar nos treinamentos –
conclui.
O Diretor de Esportes de Mococa, Marcos Donizete Machado,
admite a dificuldade de encontrar professores preparados para lidar com modalidades
adaptadas e espera que o curso de capacitação resolva este problema.
Entretanto, Marcus Vinícius ainda terá que esperar para ter companheiros de
bola laranja, já que a cidade pretende investir em esportes individuais no
começo. - Nunca trabalhamos nestes tipos de modalidades por falta de
capacitação. Vamos fazer um levantamento de possíveis paratletas que temos aqui
para começar a trabalhar com alguns esportes. Vamos dar preferência para os
individuais como natação e atletismo, já que para um esporte coletivo
precisaria de uma equipe maior e ainda não temos".
Brasil disputa Mundial de Atletismo Paralímpico na França - O Brasil participa até o próximo domingo, 28, do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Lyon, na França, e levou 35 paraatletas. O certame está sendo disputado pelos maiores nomes do esporte paralímpico do mundo.
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Permitida a reprodução apenas se citadas a fonte e autoria: www.mococa24horas.com.br
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