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[20/11 – m24h] Neste domingo, 20, é comemorado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra e a ONU, a Organização das Nações Unidas, este ano estabeleceu como o Ano Internacional dos Afrodescendentes. A data faz lembrar a importância do povo africano e seus descendentes para a história do Brasil. É importante lembrar que até o início dos anos 1970, a principal comemoração relativa ao fim da escravidão no Brasil era o 13 de maio, data em que a princesa Isabel assinou a chamada “Lei Áurea”, extinguindo oficialmente a escravidão no país. Homenagear também Zumbi hoje, 20, é reconhecer a sua luta durante mais de uma década contra a escravidão, já que reuniu milhares de rebeldes no Quilombo dos Palmares, em Alagoas.
Segundo o Censo 2010, 3% da população mocoquense é composta por negros.
Discriminação velada - Na avaliação do músico, artista plástico e funcionário público, Vitor Luciano, o Dia da Consciência Negra é uma data para se refletir e um momento de se buscar a ampliação dos direitos humanos da raça na prática, pois na teoria tudo está às mil maravilhas, mas na crueza dos fatos, não, persistindo a discriminação velada e a falta de oportunidades, apesar das cotas raciais. Vitor Luciano revela que em Mococa antigamente era muito pior, nos anos 1940 e 1950, nos bailes do teatro Variedades, como músico cansou de enfrentar o racismo, “existia uma separação de raças nos bailes, que acontecia até no carnaval, existia o baile dos pretos e o baile dos brancos”. Luciano conta que até na AEM naqueles anos o negro não podia freqüentar o clube, tampouco suas piscinas. Informa que em uma ocasião, depois de uns atletas negros terem competido, as piscinas onde os atletas competiram foram devidamente esvaziadas e desinfetadas. O que falta para a sociedade brasileira superar o preconceito, na visão de Vitor Luciano, é se criar uma cota racial na política para que mais negros possam se eleger com mais facilidade e lutar pela inserção da raça na sociedade em geral, a fim de reduzir o racismo e a discriminação, aprofundando o debate sobre a igualdade em todos os níveis, pois a luta continua. (Foto: reprodução)
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