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Vacas girsey produzem mais leite revela produtor

[2/11 – m24h] A idade média ao primeiro parto das vacas Girsey, denominação do cruzamento das raças Gir, zebuína, e Jersey, taurina, na tradicional bacia leiteira de Mococa, é de 28 meses, ou seja, quase 20 meses abaixo da média nacional, o que diminui o custo de criação de novilha (começa a produzir cedo) e aumenta a vida útil do animal.  Com isso, a vaca produz mais leite na vida útil e o criador passa a ter mais animais para venda, uma vez que é maior a taxa de nascimentos e menor a taxa de reposição.
Este é um resultado parcial do projeto “Melhoramento genético de bovinos da raça Gir leiteiro e seus cruzamentos”, desenvolvido no Polo Nordeste Paulista/APTA Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, localizado no antigo Campo Experimental, em Mococa. O Girsey incorpora a precocidade, que é uma característica do Jersey, informa o pesquisador e coordenador do projeto, Anibal Eugenio Vercesi Filho.
Além disso, a pesquisa da Embrapa, que testou três raças européias (Jersey, Holandês e Pardo Suíço) sobre o Girolando (cruzamento entre as raças Gir Leiteiro e Holandês), mostra que nas filhas de Jersey são duas lactações a mais e, consequentemente, dois bezerros.  “A expectativa é que tenham maior número de bezerros na vida, menor peso e maior produção de sólidos. A certeza é que a idade do primeiro é menor e ocorre também menor intervalo entre partos nas Girsey.” 
Porém, ressalva Anibal, a amostra ainda é pequena. “O ideal é que tivéssemos pelo menos 60 vacas de cada grupo genético; hoje, são cerca de 20 animais.” 
Integram o projeto os pesquisadores Enilson Geraldo Ribeiro, Weber Vilas Boas Soares, Lenira El Faro, Vera Lúcia Cardoso, Cláudia Cristina Paro de Paz, José Ramos Nogueira, Maria Lucia Pereira Lima, André Fernandes Rabelo (Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro) e Fábio Carvalho Faria (UFMS).
Produção de leite cresce – Há seis anos, quando herdou a Fazenda Angico, Augusto Taliberti, o “Guto” (foto), decidiu fazer cruzamento de seu gado Girolando com o Jersey. “A ideia era obter animais menores, mais produtivos e persistentes no leite, para ter um pouco mais de animais.”
O tempo de lactação mais curto de animais Girolando pode ser estendido com a introdução do Jersey, observa Guto. “Na média, acho que a produção supera a do Girolando, sem contar que o teor de gordura e proteína do cruzamento com Jersey é maior.”   
Numa área de 15 hectares de pastagem e produção de alimento para a seca, “Guto” mantém 80 animais (vacas, novilhas e bezerras), dos quais 40 vacas em lactação. A produtividade não é maior porque tem muito gado novo, ainda, observa.
“Guto” aponta a vantagem de o produtor usar mais as inovações proporcionadas pela instituição de pesquisa. “Há seis anos, comecei tirando 200 litros de leite; no ano passado, cheguei a tirar quase 800 litros.” Hoje, a produção está em torno de 530 litros por causa da venda de 20 vacas e da renovação do rebanho com cruzamento das três raças, o chamado tricross (Gir com Holandês e Jersey em cima). “Fui muito influenciado pelos técnicos do Polo”, resume “Guto”. Com informações do Polo Nordeste Paulista/APTA Regional. (Foto: APTA Regional/Secretaria da Agricultura do Estado/divulgação)

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