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Valorização da Família e do Professor

(Foto: reprodução/montagem: mococa24horas)
| Por Welson Gasparini |
Em reunião recente  da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, da qual sou integrante, o destaque foi a visita do reitor da Unesp, professor Júlio Cezar Durigan,  apresentando uma análise da atuação dessa importante universidade em nosso País. Discutimos, trocamos ideias e parabenizei  o reitor pela maneira inteligente como vem dirigindo aquela universidade.  Aproveitei  a oportunidade para reiterar uma tese da qual já me ocupei antes:  se quisermos dar um passo de gigante no desenvolvimento educacional, científico, técnico e econômico em nosso País, a medida mais acertada é aproveitar, criativamente, o que deu certo em outros países.
Acontecem reuniões e reuniões para se discutir métodos e programas de desenvolvimento. Acho que o Brasil não tem mais tempo para isso; o nosso atraso é muito grande, verdadeiramente absurdo.  Copiar o certo não é vergonha e nem abuso.   Se temos certeza de que a base correta para o desenvolvimento de um país é a educação, a ciência e a tecnologia, devemos ter a humildade de aprender com experiências alheias.  Vários países em situação de subdesenvolvimento, quase  de miséria e de fome há 20 anos, hoje estão numa situação invejável porque investiram maciçamente na área educacional.
O que eu defendo? Que os técnicos brasileiros atuantes nos  Ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia e nas áreas estaduais correspondentes visitem, por exemplo, a Coreia do Sul. Esse país deu um salto gigantesco porque deu importância a alguns itens básicos, entre tais a valorização da família e do professor. A família é fundamental no incentivo e na criação de uma mentalidade voltada para o aprendizado de atividades novas. Tempos atrás era questão de honra para um pai, para uma mãe, que o filho estudasse. Os pais, às vezes, eram até analfabetos porque  não tiveram a chance de estudar; hoje, felizmente, temos  vagas nas escolas e a educação básica tornou-se, até mesmo, obrigatória.  Precisamos recuperar os princípios desses pais antigos que se orgulhavam de colocar os filhos nas escolas para desenvolverem seus estudos até onde lhes fosse possível. Temos, assim,  de estimular a união das famílias em torno de um objetivo básico: o conhecimento!
Assim como a família precisa ser reconhecida na sua importância fundamental de transmitir valores morais e de vida aos seus integrantes, também precisa ser reconhecido o papel dos professores como instrumentos essenciais na difusão do saber. É preciso que nossos governantes valorizem os professores cujos salários, infelizmente, são horríveis, não compensando a dedicação exigida por essa carreira tão nobre; vocações legítimas são desviadas, até mesmo por uma questão de sobrevivência, para outros caminhos. Muitos professores abandonam o Magistério porque ganham pouco e, pior ainda, não são respeitados nem pelos pais e muito menos pelos alunos.
Podemos, assim, copiar as seguintes lições da Coreia do Sul: em primeiro lugar, valorizar a família e fazê-la valorizar a Educação: em segundo, valorizar o professor; em terceiro, proporcionar amplos  recursos para a infraestrutura básica das escolas. Finalmente,  um ensino programado para garantir o sucesso dos formandos, dando-lhes a expectativa de êxito nas profissões escolhidas.
 

Welson Gasparini é deputado estadual/PSDB, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto.

 

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