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Joaquim Barbosa manda prender 12 condenados do "Mensalão"

Mocoquense Karina Somaggio (foto no destaque) 
revelou a existência do "Mensalão"
(Fotos: Nelson Jr./SCO/STF; Valter Campanato/ABr)
(15/11/2013; atualizada em 16/11 - www.mococa24horas.com.br) Após oito anos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, determinou nesta sexta-feira, 15, a prisão de 12 condenados na Ação Penal nº 470, o processo do "Mensalão", e a execução das penas para réus que não têm mais direito a nenhum recurso em cada uma das penas, mas ainda o STF não divulgou a lista dos presos.
De acordo com informações de O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, até este sábado, 16 (até 16h00), já tinham se apresentado espontaneamente à Polícia Federal, José Dirceu/PT, José Genoíno/PT, Marcos Valério, Delúbio Soares, Ramon Hollerbach, José Roberto Salgado, Simone Vasconcelos, Cristiano Paz, Kátia Rabelo, Romeu Queiroz e Jacinto Lamas. O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, fugiu para a Itália.
Os condenados - Marcos Valério, Henrique Pizzolato, Cristiano Paz e Kátia Rabelo vão cumprir a pena em regime fechado; José Dirceu, Delúbio Soares, Roberto Jefferson, José Genoíno, Romeu Queiroz, Jacinto Lamas, Simone Vasconcelos, Rogério Tolentino e Pedro Corrêa vão cumprir a pena no regime semiaberto; Enivaldo Quadrado, José Borba e Emerson Palmieri vão pagar multa e terão penas alternativas.
Compasso de espera - O deputado federal João Paulo Cunha/PT, José Cláudio Genú, Breno Fischberg, deputado Pedro Henry/PP-MT, José Roberto Salgado, Vinicius Samarane, deputado Valdemar Costa Neto/PR-SP, Bispo Rodrigues e Ramon Hollerbach ainda aguardam decisão final.
"Valeu, Karina!"
(Foto: Valter Campanato/ABr)
 "Fiz tudo por patriotismo" - Em 2005, a mocoquense Fernanda Karina Somaggio, então secretária na agência de publicidade SMP&B, de propriedade de Marcos Valério, revelou nomes e a atuação dos principais envolvidos no esquema denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (Folha de S. Paulo, edição de 6/6/2005) à revista IstoÉ Dinheiro (foto) e chamou à atenção do Brasil inteiro para o que hoje é considerado o maior escândalo dos mandatos do ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva/PT. Após esta entrevista, Karina foi ouvida na Polícia Federal e na CPI dos Correios, confirmando tudo o que dissera à revista semanal, e todas as suas declarações foram comprovadas com as investigações que se seguiram.
Seus depoimentos foram fundamentais para que esse julgamento no STF tivesse o desfecho que teve.
Agora, com o início da execução das penas dos condenados do "Mensalão", Karina Somaggio, considerada testemunha-chave de um dos maiores escândalos da política brasileira, fica com sentimento de dever cumprido e alma lavada. Em entrevista à revista IstoÉ, em 2012 (edição nº 2230), ela disse que fez tudo por patriotismo, que foi ameaçada de morte, que a cultura da corrupção no Brasil não mudará e que "a população é ignorante politicamente". "Aconteceu tudo aquilo e boa parte dos políticos envolvidos com o esquema continua no poder", salientou.

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