Mocoquense Karina Somaggio (foto no destaque) revelou a existência do "Mensalão" (Fotos: Nelson Jr./SCO/STF; Valter Campanato/ABr) |
De acordo com informações de O Estado de S. Paulo e Folha de
S. Paulo, até este sábado, 16 (até 16h00), já tinham se apresentado
espontaneamente à Polícia Federal, José Dirceu/PT, José Genoíno/PT, Marcos Valério, Delúbio Soares, Ramon Hollerbach, José Roberto Salgado, Simone
Vasconcelos, Cristiano Paz, Kátia Rabelo, Romeu Queiroz e Jacinto Lamas. O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, fugiu para a Itália.
Os condenados - Marcos Valério, Henrique Pizzolato,
Cristiano Paz e Kátia Rabelo vão cumprir a pena em regime fechado; José Dirceu,
Delúbio Soares, Roberto Jefferson, José Genoíno, Romeu Queiroz, Jacinto Lamas,
Simone Vasconcelos, Rogério Tolentino e Pedro Corrêa vão cumprir a pena no
regime semiaberto; Enivaldo Quadrado, José Borba e Emerson Palmieri vão pagar
multa e terão penas alternativas.
Compasso de espera - O deputado federal João Paulo Cunha/PT, José Cláudio Genú,
Breno Fischberg, deputado Pedro Henry/PP-MT, José Roberto Salgado, Vinicius
Samarane, deputado Valdemar Costa Neto/PR-SP, Bispo Rodrigues e Ramon
Hollerbach ainda aguardam decisão final.
"Fiz tudo por patriotismo" - Em 2005, a mocoquense Fernanda
Karina Somaggio, então secretária na agência de publicidade SMP&B, de
propriedade de Marcos Valério, revelou nomes e a atuação dos principais
envolvidos no esquema denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (Folha de S.
Paulo, edição de 6/6/2005) à revista IstoÉ Dinheiro (foto) e chamou à atenção
do Brasil inteiro para o que hoje é considerado o maior escândalo dos mandatos
do ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva/PT. Após esta entrevista, Karina
foi ouvida na Polícia Federal e na CPI dos Correios, confirmando tudo o que
dissera à revista semanal, e todas as suas declarações foram comprovadas com as
investigações que se seguiram.
Seus depoimentos foram fundamentais para que
esse julgamento no STF tivesse o desfecho que teve.
Agora, com o início da execução das penas dos condenados do
"Mensalão", Karina Somaggio, considerada testemunha-chave de um dos
maiores escândalos da política brasileira, fica com sentimento de dever
cumprido e alma lavada. Em entrevista à revista IstoÉ, em 2012 (edição nº 2230), ela disse
que fez tudo por patriotismo, que foi ameaçada de morte, que a cultura da
corrupção no Brasil não mudará e que "a população é ignorante
politicamente". "Aconteceu tudo aquilo e boa parte dos políticos
envolvidos com o esquema continua no poder", salientou.
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