[27/7 – m24h] Estudantes da zona rural desconhecem seus endereços oficiais, muitos mocoquenses usam endereços emprestados ou não recebem correspondências em seus endereços por falta de sinalização, maioria das ruas e avenidas não tem placas de identificação e jovens desconhecem o CEP e nunca viram placas de sinalização nas ruas onde moram. Essas informações somente foram possíveis graças à realização de pesquisa feita pelo Projeto “Adote uma Esquina” no primeiro semestre deste ano, com 3.480 estudantes de escolas da rede municipal, estadual e particular de Mococa, com o objetivo de mostrar ao Poder Público local, prefeitura municipal, a carência de placas de identificação e CEPs e a necessidade de se implantar uma sinalização eficiente em ruas e avenidas da cidade. De acordo com a pesquisa, 836 estudantes informaram não ter placas de identificação em suas ruas, o que dificulta a entrega de correspondências e contas pelos Correios (cerca de 300 correspondências deixam de ser entregues por um período de 20 dias por falta de endereço correto, de acordo com os Correios), e apenas 890, de um total de 3.480 estudantes pesquisados, souberam informar o CEP da rua onde moram.
A ausência de placas de identificação nas ruas e avenidas provoca falta de informação, o que impede a entrega de correspondência e as contas regulares do mês, como água, luz e telefone, pelos Correios nos bairros periféricos. Além de prejudicar a comunidade local também colabora com a falta de informação para as pessoas que visitam a cidade, que é conhecida por suas fazendas históricas e turismo café com leite.
Conscientização - A agência local dos Correios fez trabalho de conscientização com os alunos mocoquenses, ressaltando a importância da identificação do endereço por placas nas ruas onde moram, do correto endereçamento de correspondências, especialmente as destinadas à zona rural local, e do oferecimento de caixas receptoras.
Iniciativa - O Projeto foi idealizado por Iracema Gambassi, diretora institucional do Centro de Voluntariado de Mococa, Rita Barreto, presidente do Centro, Ângela Fátima, diretoria de voluntariado individual, Maria Aparecida, voluntária, e Nadir Marobi, conselheira, e conta com o apoio da agência dos Correios local (AC e CDD Mococa).
Para Gambassi, “isso é terrível, mas vamos mudar isso. Junto com os Correios e com as escolas, todos os munícipes de Mococa conhecerão seus direitos e deveres. Colocaremos em prática a Portaria nº 311 do Ministério das Comunicações”, quando analisa a ignorância dos estudantes da zona rural em relação aos seus endereços oficiais em pleno século XXI para o mococa24horas.
Trâmite oficial - O resultado da pesquisa foi entregue no dia 20 de junho na Câmara de Vereadores e também na Prefeitura local. Rita Barreto, presidente do CVM, e Iracema Gambassi, diretoria institucional, estiveram no gabinete do atual prefeito, Antonio Naufel/PSDB, para saber o destino da pesquisa, o que resultou no seguinte relatório: “foi obtida a informação (por Sra. Jenifer) que o mesmo [o prefeito Antonio Naufel] encaminhou as planilhas ao Depto. de Trânsito. Entramos (Iracema Gambassi) em contato também com o Setor de Licitações da Prefeitura de Mococa. Foi obtida a informação (por Sr. Vitor) de que ainda este mês [junho] deve ser lançado o edital para a concorrência de placas de sinalização para as ruas”. (Foto: reprodução)
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