Nesta segunda-feira, 27, o Instituto Agronômico de Campinas, o IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, completa 124 anos de existência e lança Programa de Cafés Especiais.
O Programa tem como objetivo oferecer ao setor da cafeicultura uma “carta de cafés” (opções variadas de cultivares de alta qualidade), com a possibilidade de reorientações nas pesquisas científicas que possam resultar em materiais específicos para as demandas apresentadas e as regiões geográficas onde se pretende cultivá-los. Além da adoção de padrões internacionais para avaliação da qualidade dos cafés especiais, o IAC está propondo com esse Programa um sistema inovador de trabalho caracterizado pela reunião de áreas de pesquisas aliadas à cadeia de produção do café e ao mercado. Outra característica do Programa de Cafés Especiais IAC está em ações que poderão contribuir para a redução do prazo necessário para obtenção de novas cultivares de café.
Inovação e Mococa – Nesse estudo inovador, a ênfase é dada às cultivares com diferencial no sabor e no aroma. O pesquisador do IAC, Gerson Giomo, explica que a qualidade depende de uma série de fatores (genética da planta, ambiente do cultivo, manejo da lavoura e técnicas de processamento) e para cada situação o Programa irá realizar estudos direcionados para potencializar a qualidade e a obtenção de bebidas diferenciadas. E falando em materiais promissores, Giomo informa que estão sendo cultivados em escala experimental em Mococa, São Sebastião da Grama e Campinas para avaliações agronômicas e tecnológicas. “Essas avaliações têm apontado para a superioridade de alguns genótipos em relação às cultivares testemunhas, o que é de grande importância para a seleção de plantas com elevado potencial produtivo e qualitativo”.
O controle de qualidade do Programa de Cafés Especiais IAC usa métodos recomendados pela Specialty Coffee Association of America (SCAA) e pelo Coffee Quality Institute (CQI), dos Estados Unidos. “No programa os cafés são avaliados da mesma forma como são avaliados nos principais países consumidores e produtores de cafés especiais, como Estados Unidos, Japão, Etiópia, Quênia, El Salvador e Costa Rica”, afirma o pesquisador. (Foto: Arquivo IAC)