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Paralisação é protesto contra privatização de plano de saúde (Foto: Fentect/divulgação) |
Como a base sindical dos trabalhadores dos Correios em
Mococa, São João da Boa Vista, Mogi Guaçu, pertence à Campinas, estando
filiados ao Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares de Campinas
e região, o Sintect/CAS - que faz parte da Federação Nacional dos Trabalhadores
em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares, a Fentect -, o movimento
grevista quer que a Justiça faça os Correios cumprir o termo assinado.
Segundo a Fentect, estão em greve, além de Campinas e
região, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Rio Claro, Vale do Paraíba, e bases sindicais
filiadas em Minas Gerais ,
Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Piauí, Amazonas, Paraná, Ceará, Santa Catarina,
Pernambuco, Paraíba e Roraima. “Essa é uma lista parcial que deve ser ampliada
ainda hoje [sexta-feira, 31] ou nos próximos dias, tendo em vista que ocorrerão
assembleias em outros estados e em locais onde os sindicatos ainda não chamaram
assembleia, a FENTECT já orientou que coloque a decisão sobre a luta contra o
Postal Saúde para os trabalhadores. A FENTECT esclarece que a greve foi o
recurso último para barrar a imposição da caixa de assistência Postal Saúde,
que representa a privatização do convênio médico da categoria, principal
benefício dos ecetistas. A greve acontece, ainda, depois que a justiça adiou
pela quinta vez a decisão da ação que a FENTECT moveu contra o Postal Saúde que
é uma imposição da direção da ECT e contraria o dissídio coletivo da categoria,
julgado pelo TST em 2012 e 2013.
A greve é por tempo indeterminado para barrar o Postal
Saúde”, informa em nota a Fentect.
Outro lado – Em nota, os Correios estão informando nesta
sexta-feira, 31, que as agências em todo o Brasil estão funcionando
normalmente, a exemplo de Mococa, com 95,35% do efetivo total da empresa trabalhando. “Nas
localidades onde há paralisação, os Correios implantaram plano de contingência
e estão garantindo o funcionamento normal das agências”.
Já sobre o plano Correios Saúde fez o seguinte esclarecimento:
“Os Correios reafirmam que não haverá nenhuma alteração no
atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde. Nenhuma mensalidade
será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano
de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde
serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os
trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais.
A Postal Saúde não é um plano de saúde. É uma caixa de
assistência, patrocinada e mantida pelos Correios. Desde o início de janeiro, o
plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou
a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT.
As regras do plano não foram alteradas — o pagamento dos trabalhadores dos
Correios referente a janeiro já foi realizado, no dia 25, e não houve cobrança
de qualquer tipo de taxa ou mensalidade.
A empresa está cumprindo o que foi definido pelo Tribunal
Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do assunto: todas as
regras do plano de saúde definidas na Cláusula 11 do Acordo Coletivo de
Trabalho estão mantidas”.
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