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São Paulo não está entre as cidades mais violentas do mundo...

                                             
(Foto: reprodução/divulgação)

                                             | Por Welson Gasparini |

De acordo com relatório de ONG mexicana – divulgado no blog do ex-governador carioca César Maia –, 41 municípios da América Latina marcam presença no ranking das cidades mais violentas do mundo num crescimento avassalador: em 2012 eram 14 cidades; em 2013, 15. Em 2014, o relatório anual da ONG mexicana Conselho Cidadão Para a Segurança Pública e Justiça Penal adicionou mais municípios brasileiros e latinos ao ranking de 50 cidades com maior índice de homicídios do mundo. A maioria das “mais violentas”, eis um dado preocupante, está no continente americano (46 cidades); apenas na América Latina são 41.  Os países latino-americanos com maior problema de violência são Honduras, Venezuela, Guatemala, El Salvador, México e Brasil.
Com uma taxa de 187 homicídios a cada 100 mil habitantes, a cidade hondurenha de San Pedro Sula ocupa pelo terceiro ano consecutivo a liderança do ranking; o segundo lugar fica com Caracas, capital da Venezuela, e, em terceiro, Acapulco, no México, com taxas de 134 e 113, respectivamente, a cada 100 mil habitantes. Saíram da lista de 2014 as seguintes cidades que figuravam na lista de 2012: Brasília e Curitiba, no Brasil; Barranquilla, na Colômbia; Oakland nos EUA e Monterrey no México. Todas estas tiveram taxas inferiores ao 50° colocado, Valencia, na Venezuela.

Continuam nesse ranking negativo 16 cidades brasileiras. São elas: - Maceió (AL) com 79,8; / - Fortaleza (CE) com 72,8; / - João Pessoa (PB) com 66,9; / - Natal (RN) com 57,62; / - Salvador (BA) com 57,6; / - Vitória (ES) com 57,4; / - São Luís (MA) com 57,0; / - Belém (PA) com 48,2; / - Campina Grande (PB) com 46,0; / - Goiânia (GO) com 44,6; / - Cuiabá (MT) com 44,0; / - Manaus (AM) com 42,5; / - Recife (PE) com 36,8; / - Macapá (AP) com 36,6; / - Belo Horizonte (MG) com 34,7 e - Aracaju (SE) com 33,4.

Desagregação familiar - São Paulo, felizmente, apesar dos pesares – mas também em decorrência da política de segurança pública adotada pelo governador Geraldo Alckmin – não figura nesse ranking, embora o problema da violência em nosso estado seja grave em decorrência de um fator básico do qual me ocupo regularmente: a desagregação familiar. A família brasileira, lamentavelmente, está se afastando dos valores que tanto, no passado, a uniu; o respeito entre pais e filhos está em baixa e não há aquele espírito de fraternidade tão desejável entre os integrantes de uma mesma família. Vivemos, não custa repetir, uma crise moral agravada, sem dúvida, pela crise social representada pela falta de oportunidades de trabalho para grande parcela da população, notadamente para os mais jovens e para os mais velhos.



Welson Gasparini é deputado estadual/PSDB, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto.

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