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Greve nacional dos Correios ganha mais adesões em Mococa

Movimento reivindica manutenção do plano de saúde,
entrega de correspondências pela manhã
e pagamento do plano de cargos

(Foto: arquivo pessoal)
(6/2/2014 – www.mococa24horas.com.br) A greve nacional dos funcionários dos Correios já completa oito dias e o movimento ganhou mais adesões no Centro de Distribuição Domiciliar, o CDD, na R. Cel. Diogo, em Mococa. Agora são 12 carteiros mocoquenses cobrando melhores condições de trabalho, a saber: manutenção do plano de saúde, pagamento do plano de cargos, carreiras e salários e entrega de correspondências no período da manhã, em virtude do forte calor que vem sendo registrado na cidade.
A paralisação, que já é considerada histórica em Mococa, ainda não conseguiu a adesão de funcionários da AC-Mococa, na R. Carmo Taliberti, Centro, mas revela o descontentamento da categoria em relação aos Correios, que descumpriu cláusulas do dissídio coletivo já acertadas com o Tribunal Superior do Trabalho no ano passado.
Entrevista – Confira a entrevista concedida com exclusividade ao mococa24horas pelo carteiro Ricardo Oliveira a respeito desta paralisação que atinge 60% dos carteiros de Mococa:

- A paralisação de 12 carteiros (no CDD) em Mococa já é considerada histórica?
Ricardo Oliveira – “A paralisação dos 12 carteiros em Mococa é histórica, sim, foi a primeira vez que teve uma adesão desse tamanho. As reivindicações dos mocoquenses são as mesmas que o âmbito nacional; a greve não é só em Mococa, mas, sim, nacional”. 

- Quais são as reivindicações dos carteiros mocoquenses?
Ricardo Oliveira - “Lutamos pela manutenção do plano de saúde; a empresa não cumpriu o acordo coletivo 2013, onde foi estabelecido pelos ministros do TST que a empresa seria a gestora do plano de saúde e que não haveria nenhuma mudança no plano, porém a empresa está tentando implantar o novo plano sem que haja uma negociação, ou seja, ela quer implantar de qualquer jeito.
Vou explicar como funciona o plano: Hoje nós temos um plano onde não pagamos mensalidade e temos uma taxa de 10% a 20% do valor utilizado e vem descontado no holerite. Se o plano mudar iremos pagar uma mensalidade que varia de acordo com a idade do funcionário, ou seja, quanto mais velha a pessoa, mais caro ela pagará...; outra: ela paga também pelos dependentes (se ela tiver 2 dependentes a pessoa vai pagar por 3 pessoas) e tem mais: pagaremos mensalidade independente de usar, se ficarmos 1 ano sem ir no médico ou dentista, vamos pagar do mesmo jeito . E quando utilizamos pagaremos também 50% do valor utilizado e se no final do ano o novo plano estiver no prejuízo nós também iremos pagar. Seria uma espécie de caixa de assistência”.


(Foto: divulgação)
Entrega de correspondência pela manhã – “Outra reivindicação é sobre a inversão do horário de entrega de correspondências onde a empresa se comprometeu a fazê-la, mas não fez. Novamente ela não cumpriu com o acordo coletivo. Veja, se você na sua casa sente calor imagine nas ruas no horário do meio-dia até às 5 da tarde; corre o risco do carteiro ter câncer de pele, desidratação e outras doenças. Os médicos advertem que somente o protetor solar não é suficiente”.
PCCS 95 – “Mais uma demanda é em relação às referências salariais que estão atrasadas, o chamado PCCS 95, onde o sindicato conseguiu na Justiça o direito de pleitear esse ajuste salarial, mas a empresa não fez os pagamentos e o ajuste”.

- Quais as mudanças no plano de saúde anunciadas pelos Correios que levou a esta paralisação? 
Ricardo Oliveira – “Seria a mudança da gestão do plano de saúde, onde os Correios deixariam de ser os responsáveis e jogariam toda a responsabilidade nas mãos de pessoas indicadas pelo governo. Mas com as despesas custeadas pelos funcionários”.
- Em nota, os Correios informaram que não haverá mudanças no plano de saúde. Qual a sua opinião a respeito? 
Ricardo Oliveira – “Os Correios dizem que não haverá mudanças, mas existem casos em alguns estados onde já está tendo cobranças; tem mais: no próprio estatuto do Postal Saúde tem uma cláusula que diz sobre pagamento e também sobre exclusão daqueles que estiverem em débitos com o plano. Na minha opinião, acho que se esse plano for efetivado nós funcionários iremos arcar com as conseqüências”.
- Tem paralisação na AC-Mococa (R. Carmo Taliberti)? 
Ricardo Oliveira – “Não tem paralisação na AC. Infelizmente nossos companheiros atendentes não aderiram ao movimento em defesa do plano de saúde”.
- Como estão os serviços de entregas e encomendas em Mococa e região? 
Ricardo Oliveira – “A entrega de encomendas em Mococa e na região está tendo atraso, mas não sei te informar o quanto. Mococa tem 20 carteiros e 12 estão de greve;  assim, a entrega está tendo, mas com atraso”.

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http://www.mococa24horas.com.br/2014/02/carteiros-de-mococa-e-sao-joao-aderem.html






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