:: Por Edson Ferrarini ::
Muito se tem falado ultimamente sobre a questão da liberação da maconha no Brasil. Um documentário foi produzido com depoimentos do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que é a favor da liberação. E recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que proibir os manifestantes de se reunirem e exporem suas idéias seria ferir os direitos constitucionais e a livre expressão do pensamento de cidadãos que vivem em uma democracia e aprovou a realização da Marcha da Maconha em todo o território brasileiro.
Além de deputado estadual e coronel da reserva da Polícia Militar, sou psicólogo atuante no tratamento e no combate ao uso de drogas há mais de 30 anos, mantendo durante todo esse tempo um centro de recuperação que recebe cem pessoas por semana. Essas pessoas e suas famílias representam o resultado do acesso que os jovens têm à droga " acesso que sempre começa com um jovem, que experimenta a maconha e acha que quando quiser consegue parar e que nunca vai chegar perto de outras drogas.
As pessoas tomam como exemplo a Holanda e dizem que lá a droga é liberada. Vejam bem, a maconha é usada nesse país por maiores de 21 anos, com horário e quantidade determinadas e sempre em locais específicos. A questão é que a Holanda é um país com condições totalmente diferentes do Brasil em relação a desemprego, escolaridade " aliás, para se ter uma ideia da diferença, a Holanda cabe 280 vezes dentro do Brasil e lá eles não se orgulham desta situação e são inclusive pressionados pela União Europeia a acabar com isso.
O Brasil, que já tem uma série de problemas, só vai angariar mais um se permitir que a maconha seja liberada, porque o problema da maconha não é uma questão de liberdade, é uma questão de saúde pública, que, aliás, já é de péssima qualidade e não trata de problemas básicos da população, que dirá de um tratamento tão difícil como o tratamento de dependentes químicos.
Outro problema da liberação da marcha é que ela pode criar certa curiosidade entre os jovens e por mais que se tente deixar bem claro que é totalmente proibida a apologia ao uso de drogas é um limite muito tênue estar numa Marcha da Maconha e não se falar abertamente sobre seu uso.
O Brasil não está preparado para liberar a maconha ou qualquer outra droga e isso quem diz é um psicólogo, autor de cinco livros sobre dependência química e alcoolismo, que vê semanalmente, há mais de 30 anos, famílias destroçadas pela droga. Nenhum país liberou e espero que isso não aconteça no Brasil.
Além de deputado estadual e coronel da reserva da Polícia Militar, sou psicólogo atuante no tratamento e no combate ao uso de drogas há mais de 30 anos, mantendo durante todo esse tempo um centro de recuperação que recebe cem pessoas por semana. Essas pessoas e suas famílias representam o resultado do acesso que os jovens têm à droga " acesso que sempre começa com um jovem, que experimenta a maconha e acha que quando quiser consegue parar e que nunca vai chegar perto de outras drogas.
As pessoas tomam como exemplo a Holanda e dizem que lá a droga é liberada. Vejam bem, a maconha é usada nesse país por maiores de 21 anos, com horário e quantidade determinadas e sempre em locais específicos. A questão é que a Holanda é um país com condições totalmente diferentes do Brasil em relação a desemprego, escolaridade " aliás, para se ter uma ideia da diferença, a Holanda cabe 280 vezes dentro do Brasil e lá eles não se orgulham desta situação e são inclusive pressionados pela União Europeia a acabar com isso.
O Brasil, que já tem uma série de problemas, só vai angariar mais um se permitir que a maconha seja liberada, porque o problema da maconha não é uma questão de liberdade, é uma questão de saúde pública, que, aliás, já é de péssima qualidade e não trata de problemas básicos da população, que dirá de um tratamento tão difícil como o tratamento de dependentes químicos.
Outro problema da liberação da marcha é que ela pode criar certa curiosidade entre os jovens e por mais que se tente deixar bem claro que é totalmente proibida a apologia ao uso de drogas é um limite muito tênue estar numa Marcha da Maconha e não se falar abertamente sobre seu uso.
O Brasil não está preparado para liberar a maconha ou qualquer outra droga e isso quem diz é um psicólogo, autor de cinco livros sobre dependência química e alcoolismo, que vê semanalmente, há mais de 30 anos, famílias destroçadas pela droga. Nenhum país liberou e espero que isso não aconteça no Brasil.
Edson Ferrarini é psicólogo, coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual pelo PTB.