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Sul de Minas: Vereadores de Arceburgo querem acabar com cobrança de taxa de esgoto da Copasa

Empresa cobra, mas não faz tratamento do esgoto da cidade
(Foto: Iara Nicola/divulgação)
(13/11/2013 - www.mococa24horas.com.br) Na sessão desta terça-feira, 12, na Câmara de Vereadores de Arceburgo, cidade mineira vizinha a Mococa, os vereadores Reginaldo Fernandes Carvalho/PSDB, "Nardo Pica-Pau", e Maria Penha da Costa Ferrarez Ferreira/DEM, protocolaram dois projetos de lei, um que proíbe a cobrança de tarifa de esgotamento sanitário e outro que acaba com a isenção de tributos à Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a Copasa, uma vez que desde 2009 a empresa cobra a taxa de esgoto sem oferecer o serviço de tratamento para a população, sendo o esgoto arceburguense despejado in natura no rio Ribeirão da Onça. O contrato entre a Prefeitura de Arceburgo e a Copasa tem a duração de 30 anos, prevê a cobrança e foi firmado na gestão do então prefeito, Antônio Roberto da Costa, "Toninho da Bolsa".


Vereadores "Nardo Pica-Pau" e Penha Costa: autores dos projetos
(Foto: divulgação)
"A decisão foi tomada porque não existe tratamento de esgoto no município e a taxa de esgoto é cobrada sem que haja a contraprestação dos serviços de tratamento de esgoto do município. A destinação in natura do esgoto arceburguense ainda é despejado indiscriminadamente no Rio Ribeirão da Onça, comprometendo o meio ambiente e a saúde humana" informam os vereadores (foto) por meio de nota à imprensa. A vereadora Penha Costa salienta: “A população não pode ser sacrificada com uma taxa de esgoto em vão sobre o valor das contas de água, com um prospecto negativo de que essa alíquota será maior daqui há alguns anos".
Em entrevista exclusiva ao mococa24horas, o vereador "Nardo Pica-Pau" disse que a população de Arceburgo não cansa de reclamar desta cobrança ilegal, "O não tratamento de esgoto e sua consequente taxação por estes serviços é motivo de milhares de queixas entre os cidadãos", e que os projetos de lei foram muito bem recebidos pelos seus colegas de plenário,"Todos os vereadores sinalizaram pela positividade do projeto".
A primeira votação do projeto de lei que acaba com a taxa do esgoto em Arceburgo deverá acontecer no próximo dia 27, na Câmara de Vereadores local.
Entenda o caso - De acordo com relato do vereador "Nardo Pica-Pau", "A cobrança da tarifa foi autorizada pelo contrato de concessão do abastecimento de água e esgoto em 2009. A concessão dos serviços públicos de água e esgoto foi assinado na sede da Copasa, em Belo Horizonte, no dia 11 de março de 2009, e prevê contratualmente a cessão dos serviços públicos por 30 anos. Essa renovação de contrato previa uma série de exigências do município para com a COPASA diante a concessão do serviço de esgoto, sendo firmado um acordo entre ambas as partes. Estava previsto para o sistema de esgotamento sanitário, um recurso da ordem de R$ 5,7 milhões de reais, objetivando implantar redes coletoras e interceptores, e ainda, construir elevatórias e Estações de Tratamento de Esgotos – ETEs, o que até agora não ocorreu. Entretanto, a tarifa de cobrança de esgoto já está presente na conta dos arceburguenses há anos, e a pergunta que fica é: “Quais benefícios a população obteve com a concessão do esgotamento sanitário após tantos anos de pós contrato assinado entre a Copasa e a Prefeitura de Arceburgo?"
No contrato de concessão também estava previsto a ampliação do atendimento de esgoto para 80% da população, já no início de operação pela Copasa, coisa que também não ocorreu. A Copasa previu também que, a partir de 2012, este atendimento alcançaria 95% dos moradores da cidade".
Justiça x Copasa - Outras cidades mineiras também estão contestando na Justiça o contrato com a Copasa, como Guaxupé, Alfenas, Divinópolis, Santos Dumont, São Sebastião do Paraíso. Em setembro, os vereadores e prefeito de Alfenas aprovaram projeto de lei proibindo a cobrança da taxa de esgoto. Já em Divinópolis, o Ministério Público Estadual ajuizou uma ação civil pública contra a cobrança da taxa de esgoto.

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