São João da Boa Vista tem o trânsito mais violento da região (Foto: reprodução) |
(1/12/2013; atualizada em 2/12 - www.mococa24horas.com.br) Segundo dados do Mapa da Violência 2013 -
Acidentes de Trânsito e Motocicletas, elaborado pelo Centro Brasileiro de
Estudos Latino-Americanos, o Cebela, Mococa nos últimos cinco anos (2007 a 2011) teve 60 mortes
no trânsito, o que significa uma taxa de 25,6 mortes por 100 mil habitantes, o
que a coloca na 575ª posição do ranking nacional. De acordo com o estudo do
sociólogo, Julio Jacobo Waiselfisz, e coordenador de Estudos sobre a Violência
da Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais, a Flacso, o trânsito de
Mococa é o menos violento da região, que é liderado pela cidade vizinha de São
João da Boa Vista, com 120 mortes nos últimos cinco anos (2007 a 2011), o que
significa uma taxa de 40,4 mortes por 100 mil habitantes. São João está na 408ª
posição do ranking nacional.
A cidade de Presidente Dutra/MA é a cidade com o trânsito
mais violento do Brasil, com 219 mortes nos últimos cinco anos, o que significa
uma taxa de 285,7 mortes por 100 mil habitantes.
Trânsito já matou mais de 950 mil pessoas no Brasil -
Segundo o Mapa da Violência, entre 1980 e 2011, cerca de 980.838 pessoas
morreram em acidentes de trânsito no País. O Estado do Tocantins é o líder em mortes no
trânsito, seguido de Rondônia e Mato Grosso. O Amazonas é o Estado menos
violento.
Morte de motociclistas avança - O autor do estudo, Julio
Jacobo Waiselfisz, revela que a morte de motociclistas cresce a cada dia no
País e já se transformou em uma "epidemia". Waiselfisz faz a seguinte
análise em seu levantamento, "Passado os efeitos imediatos do novo código
de trânsito de 1997, em virtude de mobilizações, campanhas e atividades
educativas nas ruas, já no ano 2000 observamos a retomada da mortalidade com
preocupantes aumentos nos números e nas taxas. Assim, nos 11 anos entre 2000 e
2011, o número de mortes nas vias públicas passou de 28.995 para 43.256, o que representa um aumento de 49,2%. As taxas, considerando o
aumento da população, também cresceram 31,7% entre 2000 e 2011. A partir de 1996, não
só os números, também a estrutura e a composição desses acidentes mudaram. Se o
número de mortes de pedestres caiu 52,1%; nas demais categorias, aumentou de
forma trágica, destacando-se a morte de motociclistas, cujo número passa de
1.421 no ano de 1996 para 14.666 em 2011: incríveis 932,1% de crescimento, mais
que decuplicando os números de 1996".
"Devemos ainda notar o fato de que, diretamente
relacionadas às campanhas da nova lei, centradas acertadamente na figura do
pedestre, categoria que mais morria no trânsito da época, os números caem de forma
drástica até o ano 2000, quando se abandona esse tipo de campanha. Essas três
categorias, pedestres, motociclistas e ocupantes de automóveis, somadas representam,
ao longo de todo o período, em torno de 90% do total de mortes no trânsito do
país. Desta forma, se na década passada eram largamente preponderantes as
mortes de pedestres, para 2011,
a morte de motociclistas ultrapassa as demais
categorias, representando 1/3 das mortes no trânsito, com a preocupante tendência
de um contínuo crescimento", destaca o sociólogo.
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