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Indústria da região perde 400 vagas de emprego, revelam Fiesp e Ciesp

Em novembro, nível de emprego industrial na região continuou negativo
(Foto ilustrativa: reprodução/divulgação)
(19/11/2013 - www.mococa24horas.com.br) O nível de emprego na indústria da região de São João da Boa Vista, que abrange Mococa, São José do Rio Pardo, Tapiratiba, Divinolândia, Casa Branca, Caconde, São Sebastião da Grama, Santa Cruz da Esperança, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Santa Rosa de Viterbo, Tambaú, Santa Cruz das Palmeiras, Aguaí, Espírito Santo do Pinhal, Santo Antonio do Jardim, Águas da Prata, Vargem Grande do Sul e Itobi, encerrou o mês de novembro com redução de aproximadamente 400 empregos e a variação ficou em -1,26%. Este é o resultado apurado pela pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, realizada todos os meses pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp, e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Ciesp.
A Diretoria Regional do Ciesp, em São João da Boa Vista, com exclusividade ao mococa24horas, faz a seguinte análise do resultado negativo: "No ano, temos um acumulado de -3,27%, representando uma redução de aproximadamente 1.000 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -3,70%, representando uma redução de aproximadamente 1.150 postos de trabalho".
"O índice do nível de emprego industrial foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (-4,76%), Veículos Automotores e Autopeças (-2,69%), Máquinas e Equipamentos (-1,46%), Produtos de Minerais não Metálicos (-0,12%) e Produtos Alimentícios (-0,02%), que são os setores que mais influenciam o cálculo do índice total da região", salientou a diretoria.

Comportamento setorial de novembro de 2012 e 2013,
acumulado no ano e em 12 meses - Clique na imagem para ampliar
(Tabela: Ciesp/Fiesp/divulgação)
Analisando o acumulado no ano e em 12 meses, a diretoria do Ciesp informou: "Quando comparados os meses de novembro dos anos de 2012 e 2013 temos um cenário pior, pois em novembro de 2012 o resultado foi negativo em -0,11%".
Região de São João da Boa Vista ocupa a 6ª posição no ranking da variação negativa de emprego - A pesquisa da Fiesp e do Ciesp mostrou ainda que das 36 regiões analisadas, 26 apresentaram quadro negativo, 6 ficaram positivas e 4 encerraram o mês de novembro estáveis.
Entre as 6 regiões que apresentaram variação positiva, as que mais se destacaram foram Santos (1,16%), Rio Claro (0,75%) e Jacareí (0,37%).
Dentre as 4 que encerraram o mês de outubro estáveis, a que mais se destacou foi Limeira (-0,01%).
Já entre as 26 regiões que apresentaram quadro negativo, as que mais se destacaram foram São Caetano do Sul (-3,05%), Jaú (-1,90%) e São Carlos (-1,82%). A região de São João da Boa Vista ocupa a 6ª posição (-1,26%) neste ranking.

(Foto: Fiesp/divulgação)
Demissões refletem frustração da indústria com o futuro da economia -  Para o diretor do departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp, Paulo Francini (foto), os meses de novembro e dezembro para a indústria são típicos pela perda no emprego, uma vez que as fábricas que fornecem para o mercado de artigos de natal já cumpriram as demandas, enquanto as empresas do setor sucroalcooleiro começam a devolver trabalhadores contratados no início do período de colheita nos campos.
Embora o emprego industrial em São Paulo deva encerrar 2013 com queda de 0,4%, a atividade da indústria paulista deve apresentar crescimento de 2,5% no fechamento deste ano. Francini explicou que a troca de sinais entre emprego e produção se dá por uma frustração do empregador do setor manufatureiro ao manter mão de obra excedente à espera de melhores condições econômicas.
“Tínhamos a percepção clara de que as empresas estavam com um excedente de pessoal trabalhando com uma capacidade produtiva maior que a necessária porém diante de duas perspectivas: demissão custa dinheiro, verbas indenizatórias é sempre um esforço pelas empresas, a outra perspectiva era que as empresas temiam reduzir e ter de recontratar com dificuldades em encontrar trabalhadores em um mercado de oferta reduzida”, explicou. “Porém isso cansa e por frustração [das empresas] de não enxergar esse futuro que anteriormente desenhavam, o excedente foi eliminado”, completou.


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