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Mulheres mocoquenses avançam nas conquistas. Mas são vítimas de preconceito e violência

"Mulher de Mococa", escultura de Bruno Giorgi
[8/3 – mococa24horas] Hoje, 8, é comemorado o Dia Internacional da Mulher, muitas tem muito a comemorar, já outras não.
Em Mococa, dados definitivos do Censo 2010 do IBGE revelam que a cidade é mais feminina, pois dos seus 66.290 habitantes, 33.231 são mulheres e 33.059 são homens.
Assim, as mulheres vêm ocupando espaços em quase todos os setores da cidade, como política, vereadora Débora Ventura; administração pública, Vera Helena Mazieiro Figueiredo, diretora de Educação, e Eliana Mazucato, diretora de Saúde, da Prefeitura de Mococa; gestão de saúde, Maria Edna Maziero, provedora da Santa Casa de Misericórdia; trabalho social, Rita Maria F. Vieira Barreto; empreendedorismo, Ana Lúcia Costa, coordenadora do Conselho da Mulher Empreendedora da ACIM.
Política como transformação social – Com a eleição de Dilma Roussef, a primeira mulher a comandar a Presidência da República, a presença da mulher na política se consolidou.
Em Mococa, após um período de quatro anos, de 2005 a 2008, sem eleger uma vereadora mulher, a Câmara Municipal conta com uma vereadora, a dentista Débora Ventura (foto), eleita em 2008. Como vereadora Débora Ventura realiza um trabalho expressivo em defesa da família, tendo várias leis aprovadas em benefício da criança, da mulher, dos idosos e pessoas deficientes. A vereadora defende também projetos para a saúde, a educação, a preservação do meio ambiente e a defesa dos contribuintes. Além das leis, Débora é autora de vários requerimentos, solicitando diversas melhorias para a população, como construção de ciclovias, a implantação do CRAS e do aluguel social, a licença maternidade de 180 dias, os reajustes do funcionalismo e a reivindicação de recursos para diversas obras junto aos deputados estaduais do PSDB e aos secretários de Estado do Governo de São Paulo, entre elas a construção da nova rodoviária.
Assédio no trabalho – Preconceito e assédio também fazem parte do dia a dia das mulheres mocoquenses nos seus ambientes de trabalho. Conforme depoimentos, elas sofrem assédio sexual de colegas de trabalho, sofrem pela falta de crédito por seus trabalhos e são deixadas de lado na hora de promoções. A.M.R.B., que já sofreu este tipo de violência no seu ambiente de trabalho, disse que denunciou à sua chefia e conseguiu resolver o problema.
Violência e morte – Mal o ano começou e a morte trágica da jovem Jaqueline, moradora da Vila Carvalho, revelou que ainda se precisa avançar muito quando o assunto é violência contra a mulher na cidade e o enfrentamento contra as drogas, não se tratando apenas de um fato meramente isolado.
Mococa ainda não tem Delegacia da Mulher, mas como todo município brasileiro convive com a violência contra a mulher diariamente e a Lei Maria da Penha é um dos instrumentos na luta por mais justiça e dignidade, já que agora não apenas a vítima, mas qualquer pessoa pode denunciar o agressor, assim, mesmo se a agredida desistir do processo, o Ministério Público local tem o poder de dar continuidade à ação. A Promotoria de Justiça de Mococa faz parte do Núcleo 1 da Rede de Atuação Protetiva de Direitos Sociais – Violência Doméstica, atuando nas questões relativas ao combate à violência doméstica contra a mulher, crianças e adolescentes.
Preocupações da mulher: violência e assédio - O mococa24horas entre os dias 7 e 14 de fevereiro fez uma enquete entre seus internautas, ou seja, um mero levantamento de opinião, sem controle de amostra, não utilizando método científico para a sua realização, perguntando: “O que mais preocupa a mulher atualmente”, que revelou o seguinte resultado: 44% responderam violência doméstica, fora de casa e assédio sexual; 14% falta de emprego e de valorização profissional; 11% legalização do aborto; 7% futuro dos filhos; e 3% doenças como câncer de mama e Aids.
Mulher empreendedora – A Associação Comercial e Industrial de Mococa acaba de criar o Conselho da Mulher Empreendedora e preenche uma lacuna de anos: a participação feminina efetiva na entidade. O Conselho tem como objetivos, dentre outros, criar ações em benefício do desenvolvimento da cidade, articular a organização das mulheres do setor empresarial e focar no crescimento da participação da mulher no mercado.
Segundo o presidente da Associação, Onivaldo Escoqui, “as mulheres têm sido fundamentais na tomada de decisão em nossa sociedade, nada mais justo do que criar o Conselho da Mulher Empreendedora em nossa cidade, acredito que esse Conselho tornará a cidade mais forte e com o perfil cada vez mais empreendedor”.
O Conselho (foto; ACIM/divulgação) está assim composto: Coordenadora geral: Ana Lucia Costa (Casa do Artesão); vice-coordenadora: Elaine Cristina Cossolino Anacleto (Loja Grife); coordenadora de projetos: Regina Buzo (presidente do Comtur); vice-coordenadora de projetos: Roseli Aparecida Nunes Martins (Conselho Tutelar); coordenadora de finanças: Sônia Aparecida de Pauli Pereira (Locadora Morro Azul); 1ª secretária: Neiva Maria de Souza (Paolla Lingerie); 2ª secretária: Leonice Giglio (L. Giglio Store); relações públicas: Cida Cilli (TVD). Conselheiras: Heloisa Fogarin, arquiteta; Luciene Castelli Zeferino, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais; Eloísa Elena Mônaco, Conselho Tutelar; e Wilma Ferraciolli, Loja Wilma Ferraciolli.
Saiba mais sobre o Dia Internacional da Mulher – Em 8 de março de 1857, 129 operárias americanas foram assassinadas em uma manifestação por melhores condições de trabalho. 53 anos depois, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, o dia 8 de março foi declarado o Dia Internacional da Mulher.

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