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Leilão do estádio do Radium é quarta. Juiz lamenta situação

[12/7 – m24h] Até às 17h30 de ontem, dia 11, a Vara do Trabalho de Mococa não tinha recebido qualquer ordem do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região para suspender o leilão do estádio do Radium F.C., de acordo com informações do Juiz Titular da Vara, Dr. Alexandre Vieira dos Anjos, ao mococa24horas. Assim, salvo mandado de segurança, com pedido de suspensão, entre hoje e amanhã, o leilão do estádio São Sebastião, do Radium F.C., acontecerá nesta quarta-feira, 13, a partir das 13h00, sob a presidência da Juíza do Trabalho Substituta, Dra. Mônica Muniz B. Volasco Foschi, uma vez que Vieira dos Anjos estará de férias.
O leilão do maior patrimônio físico do Radium (foto) sensibiliza a cidade em seus quatro cantos, só agora a prefeitura local tenciona tombá-lo e também foi tema de acalorados discursos dos vereadores na sessão cameral da última segunda-feira, 4. E as declarações de “Lello”, do clube alvi-verde, a este site de se estar providenciando uma “solução jurídica” para o leilão não se confirmaram.
Juiz lamenta situação - Falando com exclusividade ao mococa24horas, o Juiz Titular da Vara do Trabalho de Mococa, Dr. Alexandre Vieira dos Anjos, didaticamente explica o que levou o leilão acontecer, “As execuções em trâmite se arrastam. Infelizmente, o Radium Futebol Clube não tomou qualquer providência para tentar solucionar a questão de forma adequada, seja através de parcelamento da dívida, seja ofertando garantias aos seus credores. De outro lado, o crédito previdenciário em execução é corrigido pela Selic e se o Juiz não for ágil para tentar finalizar a execução, há a tendência do patrimônio do Clube não ser suficiente para quitar as dívidas no futuro”. Vieira dos Anjos, a respeito da inércia da população em relação ao clube, enfatiza: “O que causa espanto é que toda a comunidade, que poderia auxiliar na questão, também não se movimentou para arrecadar fundos para pagar estas dívidas. Quando o Corinthians comprou o Palhinha, teve torcedor que contribuiu com um cruzeiro. Não vi qualquer bingo para tentar arrecadar fundos. Hoje, falta iniciativa e coragem, atitude para mudar. O mais curioso, devo destacar, é que por parte de muitos há um só interesse: preservar o patrimônio do clube, que sempre honrou as tradições de Mococa, mas estes não se movem. Nada fazem”.
Sensibilizado com a situação, Vieira dos Anjos, declara, “A mim, resta cumprir o doloroso ofício que a lei impõe: pagar o credor. Desse dever não posso abdicar e se o fizesse estaria descumprindo o juramento que fiz quando fui empossado: fazer cumprir a Constituição, as leis e as decisões emanadas da Justiça Brasileira”. “O Juiz exercita seu ofício de forma silenciosa, mas também como ser humano que é e como cidadão desta comunidade, não pode deixar de lamentar o fato”, completa, Dr. Alexandre Vieira dos Anjos. (Foto: FPF/divulgação)

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